O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está utilizando a ameaça de tarifas rigorosas sobre produtos do Canadá e do México como forma de pressionar os dois países a iniciarem uma renegociação do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA). Esse acordo, que substitui o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, está programado para ser revisado em 2026, mas Trump espera antecipar essa revisão, com foco especialmente nas regras que envolvem o setor automobilístico, visando a transferência de fábricas de volta aos Estados Unidos.
Essa abordagem de Trump gerou preocupações entre as montadoras, que estão buscando alternativas para atender às exigências do presidente sem prejudicar a cadeia de suprimentos automotiva dos três países. O impacto das tarifas pode ser significativo para o comércio entre os EUA, Canadá e México, que movimenta cerca de US$ 2 bilhões, e que tem sido fundamental para substituir a China como o principal parceiro comercial dos Estados Unidos.
Para lidar com a situação, Trump contou com a assessoria de seus aliados Howard Lutnick e Jamieson Greer, ambos nomeados para cargos importantes no governo, como secretário do Comércio e representante Comercial dos EUA, respectivamente. Enquanto isso, parlamentares republicanos, como o senador Kevin Cramer, têm mantido contato com autoridades canadenses, alertando-os para a seriedade das ameaças tarifárias e a necessidade de uma resposta rápida e eficaz para evitar complicações no acordo comercial.