A chefe do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, revogou uma medida que permitia aos venezuelanos em solo americano trabalharem legalmente. O governo dos EUA deverá estabelecer novas regras até o dia 2 de fevereiro, caso contrário, a proteção será prorrogada por mais seis meses. Simultaneamente, o presidente Donald Trump sancionou uma lei que exige a detenção de imigrantes ilegais envolvidos em crimes violentos, como roubo, como parte de uma estratégia maior de combate à imigração ilegal.
A política de Trump está gerando impactos consideráveis em vários países da América Latina, com destaque para os da América Central, que terão que absorver os custos de receber os deportados, além de perder as remessas de imigrantes que enviam dinheiro aos seus países, o que representa uma parte significativa do PIB dessas nações. O México, por sua vez, já se preparou para lidar com a pressão da deportação, embora o maior desafio seja a renegociação do acordo de livre comércio com os Estados Unidos e o Canadá.
No Brasil, a consultoria Eurasia destaca que a principal consequência da política de Trump seria o fortalecimento do dólar, resultando na desvalorização do real e no aumento da inflação. Além disso, a abordagem do governo dos EUA tende a prejudicar os laços diplomáticos com a América Latina, abrindo espaço para uma possível aproximação maior com outras potências, como a China. No contexto brasileiro, diplomatas estão trabalhando para garantir as condições de voos para brasileiros deportados dos Estados Unidos.