No início de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos adotou uma postura de confronto e retaliação, destacando-se por uma série de decretos que visam reverter políticas implementadas pela administração anterior. Trump, com um estilo agressivo, desfez medidas relacionadas à diversidade e inclusão, além de reverter normas que garantiam direitos a cidadãos nascidos no país. Ele também deu início à deportação de imigrantes, enviou tropas para a fronteira sul e, em ações controversas, retirou proteções de segurança para antigos aliados, como ex-conselheiros de segurança e saúde pública.
Além disso, o presidente mostrou uma inclinação para desmantelar agências governamentais, incluindo a possibilidade de eliminar a FEMA, responsável pela gestão de desastres naturais. Suas decisões também afetaram a política externa, com a suspensão de acordos internacionais e o anúncio de medidas punitivas contra aliados tradicionais, além de promessas de mudanças geopolíticas como a reconfiguração de áreas no Golfo do México e na Groenlândia. O volume de ações rápidas gerou um clima de incerteza entre seus opositores, que se mostraram desorientados, mas ainda não reagiram com manifestações de rua.
Apesar de um ritmo acelerado de decretos, as ações de Trump enfrentam resistências judiciais e a possibilidade de serem limitadas pelo Congresso e pelos tribunais. Uma ordem judicial já bloqueou a revogação do direito à cidadania para filhos de imigrantes nascidos nos Estados Unidos, que viola a Constituição. Em meio à crescente polarização, o presidente parece acelerar suas iniciativas para consolidar seu poder, sabendo que o capital político pode ser efêmero em um mandato único.