O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia ao cargo e à liderança do Partido Liberal após nove anos no poder. A decisão ocorre em meio a uma queda acentuada em sua popularidade, devido a questões como os altos preços e a escassez de moradias. Apesar de deixar a liderança, Trudeau continuará exercendo suas funções até que o partido escolha um novo líder, um processo que pode levar meses, já que não há eleições rápidas como em outros países.
O governo canadense enfrenta um cenário político incerto, com uma possível derrota nas próximas eleições, previstas para outubro. A oposição, composta principalmente pelos conservadores e pelo Partido Novo Democrata, já manifestou intenções de apresentar moções de desconfiança para tentar derrubar o governo de Trudeau. Porém, devido ao controle que o governo exerce sobre a agenda do parlamento, uma nova eleição não deve ocorrer antes de maio. Além disso, o partido terá que lidar com o prazo para escolher um novo líder, que pode ser decisivo para tentar mitigar os impactos de uma possível derrota eleitoral.
Entre os possíveis sucessores de Trudeau, nomes como os ministros François-Philippe Champagne, Anita Anand, Melanie Joly e Chrystia Freeland são cogitados. No entanto, a perspectiva de uma derrota eleitoral pode afastar potenciais candidatos, que podem hesitar em assumir o cargo diante da atual situação política. Embora o governo ainda mantenha a confiança da maioria no parlamento, a decisão de Trudeau representa um marco significativo em um cenário de desafios políticos para o Partido Liberal e o Canadá.