O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia em 6 de janeiro, após enfrentar uma crescente crise de popularidade e uma perda de apoio dentro de seu próprio Partido Liberal. Trudeau, que chegou ao poder em 2015 e foi reeleito duas vezes, viu sua imagem deteriorar-se devido ao aumento do custo de vida, como os preços elevados de alimentos e habitação, além das questões relacionadas à imigração. Sua saída ocorre em um momento de tensão política internacional, com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçando impor tarifas sobre produtos canadenses, o que agrava ainda mais a situação econômica do país.
Com a renúncia de Trudeau, o Partido Liberal agora terá que escolher um novo líder para ocupar o cargo de primeiro-ministro interino, enquanto organiza uma convenção especial de liderança. No entanto, o processo de escolha pode ser demorado, e, caso uma eleição ocorra antes disso, os liberais correm o risco de ter um primeiro-ministro não eleito pelos membros do partido, uma situação inédita no Canadá. A perda do apoio parlamentar, especialmente do Novo Partido Democrático, que anteriormente sustentava o governo, e a queda nas finanças públicas, com um déficit de US$ 43,4 bilhões, tornam o cenário ainda mais desafiador.
A crise que culminou na renúncia de Trudeau é um reflexo de uma série de problemas enfrentados pelo governo, incluindo a desaceleração econômica e as tensões comerciais com os Estados Unidos. Além disso, o desempenho financeiro do país se mostrou aquém das expectativas, com a redução na previsão de crescimento do PIB. A pressão política e as dificuldades internas dentro do Partido Liberal, incluindo a saída da ministra das Finanças, agravam a instabilidade e deixam o futuro político do Canadá incerto.