O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia no dia 6 de janeiro de 2025, após enfrentar uma crise de popularidade e perda de apoio tanto no Partido Liberal quanto entre os eleitores. Trudeau, que chegou ao poder em 2015, passou por três mandatos consecutivos, mas seu governo foi marcado por questões econômicas, como o aumento dos preços dos alimentos e da habitação, e dificuldades políticas internas. A decisão ocorre em um contexto de desafios internacionais, especialmente com a ameaça de tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Com a saída de Trudeau, o Partido Liberal terá que escolher um novo líder, e o processo de seleção poderá ser longo, criando um período de incertezas políticas no país. Caso as eleições ocorram antes de uma convenção formal, o partido poderá enfrentar a situação inédita de ter um primeiro-ministro interino não escolhido pelos membros. Para piorar, o governo enfrenta uma perda de apoio dos aliados no Parlamento, especialmente do Novo Partido Democrático (NDP), que já declarou que votará para derrubar o governo.
A situação econômica também agravou a crise, com dados de dezembro indicando um déficit de US$ 43,4 bilhões nas contas do governo, bem como uma revisão para baixo na previsão de crescimento do PIB. Além disso, a relação com os Estados Unidos se deteriorou devido a tensões sobre tarifas comerciais, o que afetou diretamente o comércio canadense. Em meio a esses desafios, a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, deixou o cargo devido a divergências sobre a abordagem do governo frente à possível taxação dos produtos canadenses por parte dos Estados Unidos.