Nas últimas horas do mandato do presidente Joe Biden, uma troca de prisioneiros, que estava sendo negociada há anos, foi finalmente concretizada. O Talibã libertou dois americanos detidos no Afeganistão, Ryan Corbett e William McKenty, em troca de Khan Mohammed, um membro do Talibã que cumpria pena perpétua nos Estados Unidos. A troca foi facilitada pelo Catar, que serviu como mediador nas negociações e apoio logístico para a operação, que ocorreu durante a transição para o governo de Donald Trump.
Embora o acordo tenha sido iniciado durante a gestão de Biden, a finalização da troca se deu após o início do governo Trump, o que gerou discussões sobre quem deveria receber o crédito pela operação. O Talibã preferiu realizar a troca no momento da posse de Trump, buscando associar o sucesso do acordo à nova administração. A libertação de Corbett e McKenty foi recebida com alívio pelas famílias, embora outros americanos, como George Glezmann e Mahmoud Habibi, ainda permanecessem detidos, apesar dos esforços contínuos para sua liberação.
O processo de negociação durou mais de dois anos, com diversos encontros em Doha, e envolveu a participação de autoridades dos EUA, como o enviado especial para assuntos de reféns, bem como da CIA. Apesar de algumas dificuldades logísticas e da resistência de algumas partes do governo Trump quanto ao reconhecimento formal do acordo de Biden, a troca foi vista como um passo importante para o retorno dos reféns americanos e um resultado do diálogo contínuo com o Talibã.