No dia 24 de janeiro de 2025, um tribunal da Coreia do Sul rejeitou o pedido do Ministério Público para prorrogar a prisão do ex-presidente do país. Yoon Suk Yeol, que foi detido na semana anterior, permaneceria preso até 28 de janeiro, conforme a decisão judicial. A solicitação dos promotores visava mais 10 dias de detenção, que permitiria a formalização das acusações contra ele antes de sua liberação. O Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários pediu a acusação de Yoon por insurreição, abuso de poder e obstrução do parlamento, devido à imposição da lei marcial no mês anterior.
O ex-presidente, que enfrentou uma série de críticas após a adoção do decreto de lei marcial em dezembro de 2024, argumenta que suas ações tinham o intuito de alertar o parlamento sobre a obstrução de sua agenda política, e não de interferir no funcionamento do legislativo. A imposição da lei marcial, que causou grandes repercussões políticas e econômicas, foi derrubada pela oposição e precedeu sua destituição pelo parlamento. As investigações sobre o caso têm gerado um clima de tensão política, e os esforços de interrogatório de Yoon têm sido rejeitados, com alegações de que ele teve seus direitos humanos violados durante o processo.
A defesa do ex-presidente emitiu uma declaração acusando o Escritório de Investigação de abusar de sua autoridade ao pressionar Yoon a depor e impedir o contato com sua família. O ex-presidente se recusou a participar de qualquer interrogatório desde sua detenção, alegando seu direito de permanecer em silêncio. Durante uma audiência no Tribunal Constitucional, Yoon negou ter dado ordens para a mobilização das forças militares, embora testemunhas tenham confirmado que ele orientou a retirada de legisladores durante a sessão que visava a revogação do decreto de lei marcial.