O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, usou uma mensagem lida pelo vice-presidente Edson Fachin para criticar a disseminação de narrativas que vinculam o combate ao extremismo ao autoritarismo. Durante um evento marcando dois anos dos ataques de 8 de janeiro de 2023, Barroso destacou que tais retóricas buscam mascarar intenções antidemocráticas, ressaltando a importância de resistir à desinformação como meio de preservar o Estado de Direito. Ele alertou que a mentira segue sendo utilizada como ferramenta política e defendeu que ações extremistas devem ser enfrentadas conforme a Constituição.
As decisões do STF sobre os eventos de 8 de janeiro continuam a gerar debates, especialmente entre opositores e setores jurídicos, refletindo a complexidade de equilibrar o combate à violência política e a proteção das liberdades civis. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, também comentou sobre ordens judiciais de remoção de conteúdo na América Latina, questionando sua transparência. Em resposta, Fachin reafirmou que a democracia e a Constituição brasileira não permitem ações que violem os direitos humanos ou promovam violência.
Na mesma ocasião, o presidente Lula participou de uma cerimônia onde obras históricas danificadas durante os ataques foram apresentadas restauradas, incluindo um relógio trazido ao Brasil por Dom João VI. O evento contou com a presença de diversos ministros do STF, destacando a união de diferentes setores do governo em defesa da democracia e do patrimônio cultural do país. A solenidade reforçou o compromisso com a reconstrução e com os valores democráticos em um contexto de desafios globais.