O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tornou réu o ex-prefeito de Bariri, acusado de envolvimento em uma organização criminosa voltada para fraudes em licitações e execução de contratos públicos. A denúncia foi protocolada pelo Ministério Público em dezembro de 2024, após a realização de mandados de busca e apreensão, novas oitivas e a operação Prenunciado, que envolveu o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar. A investigação aponta a existência de um esquema criminoso em que agentes públicos estavam envolvidos com empresários em fraudes contratuais e outras infrações.
A operação teve início em agosto de 2023, com suspeitas sobre irregularidades em processos licitatórios na Prefeitura de Bariri, lideradas por um empresário e com a participação de figuras públicas. Além disso, a investigação revelou o envolvimento de policiais militares que usaram violência e ameaças para proteger o esquema, impedindo concorrências e intimidando possíveis delatores. O ex-prefeito teve seu mandato cassado em novembro de 2023, após julgamento na Câmara Municipal, e foi preso em flagrante durante a operação do Gaeco.
Outros indivíduos envolvidos nas fraudes já foram condenados, com penas que variam de 10 a 22 anos de prisão, além de indenizações por danos materiais e morais à sociedade. A investigação continua com o objetivo de apurar mais detalhes sobre a atuação criminosa e garantir a responsabilização dos envolvidos. A operação destacou o uso de recursos públicos de forma ilícita e o comprometimento da integridade dos processos licitatórios municipais.