Dois anos após os ataques que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento de 371 pessoas envolvidas nos atos, impondo penas criminais. Além disso, 527 indivíduos firmaram Acordos de Não Persecução Penal (ANPP), permitindo a aplicação de medidas alternativas às prisões. Os dados fazem parte de um relatório elaborado pelo gabinete do relator das ações no STF.
Segundo o documento, 485 investigações seguem em andamento para apurar a responsabilidade de outros envolvidos. Até agora, o foco dos julgamentos tem sido os executores e incitadores diretos dos atos, enquanto os financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas estão sendo investigados separadamente pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O trabalho investigativo aponta para a necessidade de aprofundar a identificação dos responsáveis pelos bastidores do ocorrido.
A Advocacia-Geral da União (AGU) estima que os danos materiais causados ao patrimônio público ultrapassam R$ 26,2 milhões. O caso segue como uma das maiores apurações judiciais no país, com esforços concentrados na responsabilização completa e na reparação dos prejuízos ao Estado.