O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, na última quinta-feira (30), cassar o diploma de deputada federal e tornar inelegível por oito anos a parlamentar eleita em 2022. A decisão foi tomada por uma maioria de votos (5×2) dos desembargadores, após a análise de uma ação movida por outra deputada federal. A acusação envolvia o uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político, com base na alegação de que a parlamentar teria disseminado informações falsas sobre o processo eleitoral.
De acordo com o voto vencedor do relator, o desembargador Encinas Manfré, a deputada realizou publicações com o intuito de descreditar o sistema eleitoral e atacar figuras do Judiciário, incluindo a divulgação de notícias falsas relacionadas a suposta manipulação das urnas eletrônicas. Essas condutas, segundo o tribunal, tiveram grande repercussão, podendo influenciar negativamente o eleitorado e prejudicar a igualdade da disputa eleitoral.
A parlamentar, por meio de suas redes sociais, anunciou que irá recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando perseguição política contra seu mandato. Ela afirmou que continuará exercendo sua função até que os recursos sejam julgados, destacando que a decisão do TRE-SP anulou os votos de uma parte significativa de seus eleitores.