O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul adiou a sessão de abertura do julgamento de impeachment de um presidente suspenso, após ele não comparecer ao tribunal. Segundo advogados de defesa, o líder não apareceu devido a uma tentativa das autoridades de detê-lo, o que impediu que ele se manifestasse no processo. A próxima sessão do julgamento está agendada para quinta-feira, e se o presidente novamente não comparecer, os procedimentos seguirão com sua equipe jurídica representando-o. O tribunal deve decidir dentro de 180 dias sobre a remoção do presidente ou a restauração de seus poderes.
Paralelamente, o presidente enfrenta uma investigação criminal por alegada insurreição, com a polícia buscando cumprir um mandado de prisão após ele não ter atendido intimações para interrogatório. Seus advogados argumentam que o mandado de prisão é inválido, e a disputa sobre sua execução tem gerado impasses, incluindo confrontos com a segurança presidencial. A administração sul-coreana está tentando encontrar uma solução para o impasse, com discussões sobre a possibilidade de realizar o interrogatório fora da residência do presidente, sem a necessidade de recorrer ao uso de força.
Em meio a essa turbulência política, a Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos, em uma clara demonstração de poder militar. O lançamento coincidiu com a visita de um importante ministro estrangeiro a Seul, e também com os preparativos para a posse do novo presidente dos Estados Unidos. A tensão na península coreana cresce à medida que os testes norte-coreanos são interpretados como um desafio direto às autoridades sul-coreanas e uma tentativa de demonstrar sua capacidade de dissuasão em relação à administração americana que se aproxima.