Neste domingo, 19 de janeiro, as primeiras três reféns foram libertadas em um acordo de cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, entre o governo de Israel e o Hamas. O ato ocorreu em uma praça na Faixa de Gaza, onde equipes da Cruz Vermelha receberam as mulheres, que estavam em cativeiro desde outubro de 2023. As reféns, em sua maioria civis, agora seguem para uma base militar israelense, onde receberão cuidados médicos e se reunirão com suas famílias. Este é o início de um processo que prevê a liberação de 33 reféns na primeira fase do acordo.
A trégua, embora tenha iniciado com um atraso de cerca de três horas devido à demora na divulgação dos nomes das reféns, tem sido respeitada. Caminhões com ajuda humanitária começaram a chegar a Gaza pela fronteira com o Egito, e aproximadamente 90 prisioneiros palestinos devem ser libertados na Cisjordânia. O cessar-fogo, que já é a segunda trégua no conflito desde o início da ofensiva israelense em 2023, foi aprovado pelo governo israelense em reunião que se estendeu até a madrugada de sábado, superando as restrições do Sabbat.
O conflito entre Israel e grupos palestinos já dura mais de 15 meses e resultou em grandes perdas humanas de ambos os lados. O ataque inicial do Hamas em outubro de 2023 causou a morte de cerca de 1,2 mil pessoas e o sequestro de 251 reféns, gerando uma escalada de violência. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 46 mil palestinos morreram desde o início da ofensiva israelense, embora a contagem de vítimas seja controversa, pois não distingue civis de combatentes. O acordo de cessar-fogo representa uma tentativa de estabilizar a situação e abrir caminhos para futuras negociações.