Emily Damari, uma das três mulheres libertadas após o início da trégua entre Israel e Hamas em 19 de novembro, foi sequestrada durante um ataque em Kfar Aza, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023. Ela perdeu dois dedos devido aos ferimentos causados pelo ataque, mas foi recebida com alívio pela mãe, após 471 dias de cativeiro. A jovem britânica-israelense foi liberada junto com outras duas mulheres: Romi Gonen e Doron Steinbrecher, também sequestradas durante o conflito. A libertação das reféns faz parte de um acordo no qual Israel se compromete a liberar prisioneiros palestinos e a recuar suas forças militares na Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor após um atraso, levou à libertação das primeiras 33 reféns em troca de prisioneiros palestinos. Essas libertações acontecem enquanto o conflito, que teve início em outubro de 2023 com uma invasão surpresa do Hamas, continua a gerar perdas humanas significativas. Ao longo de mais de um ano de intensos bombardeios e incursões militares, a guerra resultou na morte de dezenas de milhares de palestinos e destruição massiva na Faixa de Gaza. A crise humanitária afeta cerca de 2,3 milhões de habitantes da região.
O reencontro de Emily com sua mãe marcou um momento de alívio, mas também ressaltou o sofrimento de muitas outras famílias que continuam a aguardar a liberação de seus entes queridos. A mãe de Emily agradeceu a todos os que lutaram pela sua filha durante este período angustiante, destacando a importância de continuar a luta pela liberdade dos reféns restantes. Ao mesmo tempo, solicitou que a privacidade da família fosse respeitada nesse momento difícil. O cessar-fogo representa uma pausa temporária em um conflito devastador, mas a situação permanece volátil, com a esperança de mais trocas nos próximos dias.