A trégua entre Israel e Hamas entrou em vigor no domingo, 19 de janeiro, com o início da libertação de reféns. A primeira leva de prisioneiros a ser libertada inclui três reféns israelenses, enquanto a primeira fase do acordo prevê a liberação de 33 reféns ao longo de 42 dias. O acordo foi mediado por Estados Unidos, Catar e Egito e inclui a troca de prisioneiros palestinos por civis e militares israelenses, além de um aumento significativo na ajuda humanitária para Gaza.
O governo israelense comprometeu-se a libertar 737 prisioneiros palestinos, com diferentes números para civis e militares. A fase inicial do cessar-fogo também implica um afastamento das forças israelenses de áreas densamente povoadas de Gaza e a reconstrução parcial da infraestrutura local. A crise humanitária na região, com o colapso de hospitais e da infraestrutura básica, segue sendo uma preocupação central, com expectativas de que até 600 caminhões de ajuda humanitária entrem diariamente no território.
Na segunda fase, prevista para começar após 16 dias, as negociações deverão abordar o possível fim definitivo das hostilidades, com a continuação da libertação de reféns em troca de mais prisioneiros palestinos. A terceira fase envolverá a entrega dos corpos de reféns mortos e um plano supervisionado pela comunidade internacional para reconstruir Gaza ao longo dos próximos anos, embora estimativas da ONU indiquem que a reconstrução total poderia levar até 350 anos, caso o bloqueio atual persista.