A Transparência Internacional expressou preocupação com a falta de clareza por parte do governo federal em relação às atividades e despesas da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, popularmente chamada de Janja. O Palácio do Planalto tem rejeitado solicitações para divulgar informações sobre gastos com helicópteros, alimentação e a agenda de compromissos de Janja. A Casa Civil justificou que, por ela não ocupar um cargo público formal, não há obrigatoriedade em registrar ou compartilhar esses dados.
Além disso, o governo também se posicionou contra a liberação de informações sobre as visitas dos filhos do presidente ao Palácio do Planalto, bem como o acesso às imagens das câmeras de segurança relacionadas aos eventos de 8 de janeiro. A Transparência Internacional argumenta que, apesar de Janja não possuir uma formalização de cargo público, ela exerce uma função pública com uma intensa agenda de representação governamental e equipe de apoio, o que justificaria a transparência nas informações.
Em 2024, o país vivenciou outra negativa em relação ao acesso a informações, quando foi negada a divulgação da declaração de conflito de interesse de um ministro. A entidade destacou que a lei de acesso à informação deve ser respeitada, independentemente da posição ocupada, reforçando que a ausência de formalizações não deve ser uma justificativa para a falta de transparência na administração pública.