A passagem de James Rodríguez pelo futebol espanhol parece seguir um padrão observado em suas experiências recentes: a dificuldade de adaptação e comprometimento em clubes. Após uma trajetória marcada por altos e baixos no São Paulo, o jogador colombiano chegou ao Rayo Vallecano, mas sua estadia durou pouco, com apenas sete partidas disputadas. O entusiasmo inicial da torcida madrilenha foi rapidamente substituído por questionamentos diante da pouca utilização do atleta por parte do técnico Iñigo Pérez, seguindo uma tendência já vista em seu período no Brasil.
No São Paulo, James gerou expectativas pela sua reconhecida qualidade técnica, considerada ímpar na história do futebol colombiano. No entanto, sua passagem foi marcada pela falta de consistência e pelas decisões de três técnicos – Dorival Júnior, Carpini e Zubeldia – de mantê-lo no banco de reservas. Apesar de seu talento inquestionável, o desempenho e a postura nos treinos parecem ter sido determinantes para sua limitada participação no time. A torcida, que inicialmente apostava no craque, rapidamente se desiludiu com sua falta de protagonismo.
O padrão de sua carreira recente levanta uma pergunta incômoda: estaria James sendo injustiçado pelos treinadores ou seria a falta de comprometimento um obstáculo recorrente? Embora a genialidade do jogador seja reconhecida, suas dificuldades em se estabelecer nos clubes sugerem uma desconexão entre o potencial técnico e a exigência prática do futebol profissional. A trajetória deixa no ar a ideia de que, onde há fumaça, há fogo.