Em julho de 2024, um desastre ambiental no Rio Piracicaba causou a morte de mais de 253 mil peixes, afetando a Área de Proteção Ambiental do Tanquã e prejudicando diretamente os pescadores locais. A poluição foi atribuída a um despejo irregular, resultando na maior mortandade de peixes já registrada na região. A tragédia gerou um impacto econômico significativo, deixando muitos pescadores sem fonte de renda, uma vez que a pesca foi interrompida. Embora a prefeitura tenha fornecido auxílio, como cestas básicas e créditos emergenciais, esses benefícios se mostraram insuficientes para a recuperação plena das famílias afetadas.
Após o ocorrido, o município iniciou a distribuição de cestas básicas e ofereceu créditos com juros reduzidos para os profissionais da pesca. No entanto, os pescadores enfrentaram dificuldades para acessar todos os benefícios de forma eficiente. Alguns relataram que o seguro defeso, destinado a apoiar os pescadores durante o fechamento da pesca, ainda não havia sido depositado, o que agravou a situação. A falta de apoio contínuo, como o corte na distribuição de cestas básicas em dezembro de 2024, fez com que muitos buscassem outras formas de sustento, como serviços temporários.
A recuperação do ecossistema aquático do Rio Piracicaba será um processo longo, com estimativas apontando que a repovoação das espécies de peixes pode levar até nove anos. Em resposta, a prefeitura lançou um programa para repovoar a região, soltando 95 mil alevinos na área do Tanquã. Apesar dos esforços de recuperação e da atenção das autoridades, os pescadores ainda enfrentam um cenário desafiador, com muitos buscando alternativas econômicas enquanto aguardam a recuperação da pesca.