O tráfico de animais silvestres é considerado o quarto crime mais lucrativo no mundo, com um lucro anual estimado entre 8 a 20 bilhões de euros, segundo a Comissão Europeia. No Brasil, cerca de 38 milhões de animais são retirados ilegalmente da natureza a cada ano, o que levou as autoridades a intensificarem as ações de combate a esse tipo de crime. Em 2024, o Ibama e a Polícia Federal apreenderam mais de 22 mil animais, encaminhando-os para centros especializados, como os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
Além das apreensões, o Brasil tem realizado repatriações de animais que foram traficados para outros países. Esses processos incluem cuidados veterinários e reabilitação, garantindo que os animais possam, quando possível, ser devolvidos à natureza. Em 2024, um exemplo notável foi a repatriação de micos-leões-dourados e araras-azuis-de-lear, que estavam em Togo, na África, em condições muito debilitadas.
As autoridades brasileiras também atuam no combate ao tráfico relacionado à caça ilegal. Em uma operação realizada em setembro de 2024, o Ibama apreendeu troféus de caça irregulares, incluindo partes de animais como leões e girafas, em uma residência no Brasil. O país, como signatário da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), reforça a necessidade de documentação legal para o comércio internacional de animais, visando à preservação das espécies ameaçadas de extinção.