Trabalhadores das Estações de Tratamento de Água (ETA) I e II em Rio Branco têm enfrentado condições precárias de segurança, operando em áreas perigosas sem equipamentos adequados. Imagens divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Acre (Stiuac) mostram trabalhadores circulando em encostas do Rio Acre, utilizando escadas improvisadas e expondo-se a riscos como a presença de animais selvagens, como cobras. O sindicato alerta para a falta de estrutura e os desafios enfrentados pelos profissionais para manter o abastecimento de água à população.
Além das condições de trabalho inseguras, o sistema de captação de água está funcionando abaixo da sua capacidade ideal. Parte da água captada é devolvida ao rio por não ser tratada devido à insuficiência da infraestrutura. O Stiuac criticou a falta de planejamento por parte do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) desde a municipalização do serviço, mencionando que o órgão não apresenta soluções claras para resolver os problemas históricos enfrentados pelas ETAs.
Em resposta, o Saerb reconheceu a antiguidade das estruturas, construídas na década de 1980, e afirmou estar buscando recursos para concluir reformas nas ETAs. O governo federal já anunciou o repasse de R$ 16,8 milhões para a reconstrução da ETA II, com a expectativa de que as melhorias resolvam de forma definitiva os problemas enfrentados pelo sistema de abastecimento de água da capital acreana.