**Título:** [Coleta seletiva no Brasil enfrenta desafios estruturais e culturais]
**Texto:**
O Brasil enfrenta desafios significativos na gestão de resíduos sólidos, com cada brasileiro gerando, em média, 1 kg de lixo por dia, metade disso sendo reciclável. Apesar do potencial de reaproveitamento, apenas 8% dos materiais recicláveis são efetivamente reciclados, segundo estimativas. Essa realidade contrasta com iniciativas de coleta seletiva que têm demonstrado impacto positivo, mas ainda estão longe de ser amplamente adotadas. Com apenas 30% dos municípios brasileiros possuindo programas estruturados de coleta seletiva, o desperdício anual chega a R$ 38 bilhões, afetando a economia e o meio ambiente.
Iniciativas locais, como as de Piracaia, mostram que é possível transformar a realidade com esforço conjunto entre prefeituras, ONGs e a população. A implementação de leis, a oferta de infraestrutura adequada e a conscientização ambiental são pilares para o sucesso desses programas. Projetos como os do Instituto Recicleiros têm auxiliado municípios a iniciar e consolidar práticas de reciclagem, enquanto agentes como cooperativas e indivíduos engajados demonstram que mudanças culturais são possíveis com educação e persistência.
Para que avanços mais significativos aconteçam, a coleta seletiva precisa ser tratada como prioridade política e social. Além de ações individuais, é essencial que os governos municipais invistam em programas sustentáveis e na fiscalização, garantindo que materiais recicláveis sejam reintegrados à economia. Com o Brasil sediando a COP 30, o tema ganha relevância internacional, destacando que soluções viáveis estão ao alcance das mãos, mas exigem compromisso coletivo para gerar impacto duradouro.