**Title**: Rússia e Irã firmam novo acordo estratégico em meio a tensões internacionais
**Text**:
Em um movimento estratégico, a Rússia e o Irã assinaram um acordo de parceria abrangente, poucos dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Esse tratado, resultado de meses de negociações, representa um fortalecimento das relações entre os dois países, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia, onde Moscou e Teerã têm se aliado para desafiar a ordem internacional liderada pelos EUA. O acordo não obriga uma defesa mútua, mas impõe um compromisso de não fornecer assistência a um agressor, o que reflete uma parceria pragmática, embora marcada por desconfianças históricas.
A aproximação entre Rússia e Irã se intensificou após a visita de Vladimir Putin a Teerã em 2022, quando a Rússia passou a produzir drones de ataque Shahed, fabricados no Irã, em território russo. Esses drones se tornaram essenciais para a guerra de desgaste da Rússia na Ucrânia. Além disso, há indícios de que Moscou tenha recebido mísseis balísticos iranianos, um movimento que ampliaria ainda mais o apoio militar entre os dois países, apesar das dificuldades enfrentadas pela Rússia em suas operações militares. A situação geopolítica é complexa, com ambos os países se beneficiando da cooperação, embora as tensões internas e regionais também moldem essa relação.
O acordo ocorre em um momento crítico, com a Rússia ganhando terreno na Ucrânia e o governo Trump sinalizando uma mudança em sua política externa, o que poderia alterar o equilíbrio de poder no cenário global. O Irã, por sua vez, vê o pacto como uma forma de reforçar sua segurança diante de ameaças regionais, como o governo dos EUA e a situação com Israel. No entanto, as motivações e os objetivos de cada parte continuam sendo objeto de debate, já que ambos os países têm interesses estratégicos distintos, embora se alinhem temporariamente contra ameaças externas. O acordo pode, portanto, ser uma resposta às incertezas geopolíticas e uma maneira de pressionar os EUA a reconsiderar sua postura no Oriente Médio.