**Title**: Ministério Público arquiva investigações sobre mortes na Operação Escudo em SP
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou 17 das 22 investigações relacionadas às mortes ocorridas durante a Operação Escudo, conduzida pela Polícia Militar na Baixada Santista em 2023. De acordo com dados compartilhados por um grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), dois casos permanecem abertos, enquanto outros dois aguardam esclarecimentos sobre a possível participação de policiais nas mortes. A Defensoria Pública do Estado solicitou a reabertura das investigações, com base no Código de Processo Penal, buscando maior aprofundamento nas apurações.
A Operação Escudo, deflagrada após a morte de um policial militar, visava combater o tráfico de drogas na região. No total, 28 pessoas morreram, enquanto os 64 policiais envolvidos não sofreram vítimas fatais, embora um tenha sido ferido. Entidades de defesa dos direitos humanos denunciaram as mortes como execuções, apontando que muitas vítimas não se enquadravam no perfil de criminosos apresentado pela Polícia Militar. Essas denúncias geraram pressão para a interrupção da operação, que seguiu em andamento sob o nome de Operação Verão.
Além das mortes, relatórios da Defensoria Pública e do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) revelaram irregularidades nas prisões realizadas, com 90% das detenções sem apreensão de armas e 60% das pessoas presas sendo pardas. A atuação da Defensoria, que colabora com o Ministério Público, busca o esclarecimento dos fatos e a responsabilização por eventuais ilegalidades cometidas durante a operação. O MPSP, procurado para comentar o caso, não se pronunciou até o momento.