**Title**: Brasil e Estados Unidos: relações comerciais e impacto do déficit com Trump
**Text**: O Brasil enfrenta um pequeno déficit comercial com os Estados Unidos, de US$ 253 milhões, mas a secretária de Comércio Exterior do Brasil, Tatiana Prazeres, acredita que isso poderá proteger o país da elevação de tarifas prometida pelo presidente eleito, Donald Trump. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,33 bilhões para os Estados Unidos e importou US$ 40,58 bilhões, consolidando os americanos como o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Para fortalecer os laços econômicos, o Brasil tem se empenhado em aprofundar a cooperação através do Diálogo Comercial Brasil–Estados Unidos, canal direto de negociação entre os governos dos dois países.
As exportações brasileiras para mercados internacionais atingiram recordes em 2024, destacando-se especialmente os produtos destinados aos Estados Unidos, Espanha, Canadá e Emirados Árabes Unidos. Itens como automóveis, aeronaves, carnes e celulose apresentaram aumentos significativos nas vendas externas. Contudo, as exportações para a China caíram 9,3% no ano passado, impactadas pela desaceleração econômica do país asiático e pela queda nos preços das commodities, que são uma parte importante das exportações brasileiras.
Em relação às importações, o Brasil observou um crescimento de 9% em 2024, com destaque para o aumento nas compras de bens de capital, como máquinas e equipamentos, que atingiram o maior valor em dez anos. Esse aumento indica uma tentativa de investimentos produtivos no Brasil. As importações de bens de consumo também tiveram alta, refletindo uma demanda crescente, enquanto os preços médios de bens intermediários caíram. A balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões, o que demonstra o equilíbrio nas relações comerciais do país com o exterior.