O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a realização de testes para avaliar a importação de energia da Venezuela para Roraima. Os testes, que começaram na segunda-feira (13), têm previsão de término para a manhã de sexta-feira (17) e têm como objetivo verificar a viabilidade da importação comercial de energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, após a conclusão dos testes, a importação comercial será iniciada, com foco na confiabilidade do sistema e redução de custos operacionais.
Roraima é o único estado brasileiro não conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e depende de usinas termelétricas para seu abastecimento. A energia será importada pela empresa Âmbar, do grupo J&F, e será financiada por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo pago por todos os consumidores de energia elétrica no Brasil. A expectativa é que a importação resulte em uma economia de até R$ 500 mil por dia, considerando a diferença nos custos em relação ao uso das termelétricas locais, que consomem grandes quantidades de diesel.
Além da importação de energia, o estado de Roraima está avançando na construção do Linhão de Tucuruí, um projeto de interligação elétrica que visa reduzir a dependência do estado de fontes térmicas. A obra, que possui 715 km de extensão, é uma das alternativas para superar o isolamento energético, com previsão de conclusão para este ano. Mesmo com a importação de energia, Roraima ainda enfrenta desafios com a instabilidade no fornecimento, como demonstrado pelos apagões recentes na capital e em outros municípios do estado.