As quedas são uma das principais causas de morte entre idosos e representam um grave problema de saúde pública. Elas podem resultar em ferimentos leves, mas em casos mais graves, podem reduzir a mobilidade ou até mesmo ser fatais. Para prevenir esses acidentes, é recomendado que os idosos realizem anualmente testes de equilíbrio e mobilidade. Os testes atuais envolvem que a pessoa permaneça por 10 segundos em diversas posturas, como com os pés paralelos ou em uma perna só. No entanto, um estudo recente sugere que esse tempo é insuficiente para avaliar adequadamente o risco de quedas.
O estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o tempo de 10 segundos para a realização dos testes de equilíbrio pode ser curto demais para identificar problemas iniciais de mobilidade. Com base em uma pesquisa envolvendo 153 idosos, os pesquisadores observaram que aqueles que caíram foram capazes de manter o equilíbrio por períodos mais curtos do que os que não caíram. O estudo indicou que aumentar a duração do teste para 30 segundos em posturas mais desafiadoras (tandem e unipodal) pode melhorar a capacidade de prever quedas.
A pesquisa destaca que a aplicação do teste proposto, simples e de baixo custo, pode ser feita com uma capacitação mínima para os profissionais de saúde, permitindo sua inclusão nas consultas de rotina. Além disso, sugere-se que o teste seja parte do rastreio anual obrigatório na Atenção Básica, com o objetivo de identificar o risco de quedas e adotar medidas preventivas. Essa abordagem ajudaria a promover um envelhecimento saudável, reduzir o impacto das quedas e diminuir os custos com tratamentos de lesões.