O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, refutou a ideia de que o Brasil está em um cenário de dominância fiscal, afirmando que a análise atual muitas vezes se concentra de forma exagerada no curto prazo. Ceron destacou que o país tem bons resultados fiscais e não há evidências de que esteja em uma situação de descontrole, apesar de reconhecer os desafios econômicos e a necessidade de uma análise mais séria e ampla.
Além disso, o secretário mencionou a importância de harmonizar as políticas fiscal e monetária para controlar a inflação, mas ressaltou que o Brasil está no caminho da recuperação fiscal. Ele também observou que, apesar de uma percepção negativa por parte de alguns, é fundamental focar nas soluções para a estabilidade econômica. O governo, segundo ele, está acompanhando de perto as projeções fiscais para 2025, especialmente no que diz respeito a despesas obrigatórias e o impacto do pagamento de precatórios.
Em relação à abertura de crédito de R$ 12 bilhões, Ceron informou que ainda não há uma decisão final sobre o assunto, pois a medida dependerá do cumprimento das metas fiscais. A liberação do crédito ou seu uso para contingenciamento só será definida após a avaliação do cenário fiscal no primeiro relatório bimestral de 2024. O governo também está atento às projeções de despesas para evitar surpresas orçamentárias que possam exigir bloqueios significativos no futuro.