O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, divulgou os dados fiscais do governo central de 2024, destacando que, sem incluir as despesas com o Rio Grande do Sul, a relação entre a despesa total e o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 18,4%, um nível próximo ao da receita líquida/PIB, que ficou em 18,3%. Com a inclusão dos gastos do Rio Grande do Sul, a relação subiu para 18,67%. Ceron também mencionou que, em dezembro, houve um crescimento de 18% nas receitas, impulsionado pelo aumento de recursos provenientes de concessões e dividendos.
Em termos de arrecadação, o ano de 2024 apresentou um aumento de 9%, com destaque para o imposto de importação, o IPI, o Imposto de Renda, a Cofins e a arrecadação líquida do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que somaram R$ 23 bilhões a mais. Já as despesas mostraram uma redução significativa em dezembro, com uma queda de 33,3%, impactada pela redução de R$ 54 bilhões em sentenças judiciais e precatórios. No total, os gastos recuaram 0,7% no ano, mas, sem o efeito dos precatórios, as despesas teriam aumentado 3,5% em comparação com 2023.
O secretário também comentou sobre a recuperação fiscal do Rio Grande do Sul, ressaltando que o processo foi bem-sucedido. Quanto a possíveis créditos extraordinários a serem reabertos, Ceron afirmou que não há discussões em andamento sobre a necessidade de reabertura de créditos por falta de execução em 2024, mas admitiu que isso poderia acontecer de forma pontual, conforme indicado pelo subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Rebelo Athayde.