Em 2024, o planeta registrou seu ano mais quente, com um aumento significativo na temperatura média global, que superou o recorde de 2023. A média de aquecimento foi de 1,6ºC, ultrapassando pela primeira vez o limite de 1,5ºC, que havia sido estabelecido no Acordo de Paris de 2015. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela emissão de gases de efeito estufa devido à queima de combustíveis fósseis, agravando os efeitos do fenômeno El Niño. O impacto do aquecimento é visível também nos oceanos, no aumento do nível do mar e no derretimento das geleiras.
O ano passado também registrou o dia mais quente da história, em 10 de julho, com uma média global de 17,16ºC. Além disso, os desastres climáticos resultaram em perdas financeiras significativas, como os US$ 140 bilhões em danos causados por eventos climáticos extremos. Cientistas alertam que os últimos dez anos são os mais quentes já registrados e que o ritmo de aquecimento parece estar aumentando, com possíveis impactos mais severos no futuro próximo. A aceleração do aquecimento global pode levar a mais danos às propriedades e à saúde humana, além de agravar a perda de ecossistemas vitais.
Apesar de um resfriamento possível devido a fenômenos como La Niña, os especialistas indicam que a tendência de aumento das temperaturas continuará nos próximos anos. Em 2025, espera-se que o ano seja o terceiro mais quente da história, com um aumento contínuo do conteúdo de calor nos oceanos, que está subindo a uma taxa mais rápida. A comunidade científica está preocupada com a falta de preparo da sociedade para lidar com esses desafios climáticos, que exigem ações urgentes e coordenadas para mitigar os impactos globais.