Especialistas destacam que o uso excessivo de telas, como smartphones, tablets, computadores e televisão, pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil, prejudicando habilidades importantes como a socialização, comunicação e atenção. Estudos sugerem que esse consumo excessivo pode, inclusive, gerar comportamentos semelhantes aos do autismo, como dificuldades para interagir com outras crianças, agitação e atraso na fala. A exposição prolongada ao conteúdo audiovisual pode gerar um vício em dopamina, neurotransmissor responsável por controlar a sensação de prazer, o que resulta em problemas como irritabilidade, falta de concentração e dificuldades emocionais.
A história de famílias que passaram a reduzir o tempo de tela de seus filhos revela melhorias significativas no comportamento e na interação social das crianças. Um exemplo é o de uma mãe que, ao cortar o uso excessivo de dispositivos, notou uma mudança positiva no comportamento de seu filho, que deixou de apresentar sintomas de agressividade e passou a interagir melhor com os outros. Especialistas enfatizam que, embora o uso de telas não cause diretamente transtornos como o autismo, ele pode contribuir para o agravamento de sintomas em crianças predispostas a esses distúrbios.
As orientações de especialistas sobre o uso de telas para crianças incluem limitar o tempo de exposição, priorizar conteúdos de qualidade e evitar o uso em excesso, especialmente nos primeiros anos de vida. Recomendações de instituições como a Academia Americana de Pediatria e a Organização Mundial da Saúde indicam que, para crianças menores de dois anos, o uso de telas deve ser evitado, e para crianças de até cinco anos, a recomendação é de no máximo uma hora diária. Para garantir um equilíbrio saudável, é fundamental que os pais participem ativamente da rotina dos filhos, estabelecendo limites claros e promovendo interações sociais e atividades físicas que favoreçam o desenvolvimento infantil.