O monitoramento da biodiversidade e das mudanças climáticas na Amazônia tem ganhado força graças ao uso de tecnologias avançadas. Pesquisadores como Emiliano Ramalho, coordenador do Projeto Providence, utilizam sistemas automatizados de som e imagem para monitorar espécies da floresta em tempo real. Essa tecnologia permite a observação de comportamentos animais e a coleta de dados de difícil acesso, como o comportamento de felinos como a onça-pintada, essencial para a conservação ambiental. A combinação de monitoramento humano e tecnologia é vista como fundamental para entender e proteger o ecossistema amazônico.
Além da fauna, o estudo das árvores e vegetações também é crucial para entender as dinâmicas climáticas da região. O ecologista Thiago Sanna Freire Silva tem utilizado tecnologias de mapeamento 3D, como o Lidar, para monitorar mudanças nos níveis de água dos rios e as consequências disso para o ecossistema. Ele alerta para os impactos extremos das mudanças climáticas, como secas intensas, que podem estressar ainda mais as árvores e tornar o ambiente ainda mais vulnerável. Para ele, é essencial compreender as adaptações da floresta antes de pensar em possíveis regenerações ambientais.
As questões climáticas e ambientais também são analisadas por cientistas como Luciana Gatti, que estuda as emissões de carbono na Amazônia. Ela aponta que a degradação da floresta está alterando sua capacidade de absorver carbono e regular o clima, transformando-a em uma fonte de emissões. Gatti defende a restauração florestal e propõe ações como a redução do rebanho bovino, principal causa do desmatamento. A pesquisa mostra que a salvação da Amazônia depende da ação conjunta para reverter os danos e promover a preservação.