As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) apresentaram leves quedas na terça-feira, influenciadas pela alta recorde na arrecadação do governo federal em 2024 e pela nova queda do dólar frente ao real. O mercado está atento à “superquarta”, com decisões importantes sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. Na ponta curta da curva de juros, o movimento foi moderado, com apostas de uma nova alta de 100 pontos-base na taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano.
A arrecadação federal de 2024, que superou 2,65 trilhões de reais, representou um aumento real de 9,62% em relação ao ano anterior, gerando otimismo entre investidores, embora não resolva completamente as questões fiscais do país. Esse resultado foi acompanhado pela observação de que o dólar caiu pela sétima sessão consecutiva, o que aliviou parte da pressão sobre a curva de juros. A desvalorização do dólar pode contribuir para um cenário mais favorável à inflação.
Apesar dos números positivos, as apostas no mercado continuam voltadas para um possível aumento de 100 pontos-base na Selic, com um consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter esse direcionamento. A expectativa é que a taxa básica de juros suba ainda mais em março, o que dependerá não apenas do cenário interno, mas também do impacto das políticas monetárias nos Estados Unidos.