As taxas dos títulos do Tesouro Direto estão registrando uma queda significativa nesta quinta-feira (30), seguindo uma tendência de alívio iniciada na semana passada, embora tenha sido interrompida na quarta-feira devido à reação do mercado ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). Os papéis com juros prefixados se destacaram, com as taxas nos vencimentos de 2027 e 2031 chegando a 15,01% ao ano. A remuneração dos títulos indexados à inflação também caiu, com os papéis mais longos, que vencem em 2045 e 2055, oferecendo retornos abaixo de 7,50% ao ano.
Essa movimentação das taxas reflete as expectativas dos analistas, que aguardavam um ajuste, especialmente nos vencimentos mais curtos, após o aumento de 1 ponto percentual da Selic para 13,25% na reunião do Copom. Apesar da alta nas taxas dos títulos prefixados e atrelados à inflação, os especialistas sugerem que os títulos do Tesouro Selic continuam sendo as melhores opções de investimento no momento, dada a segurança e rentabilidade que oferecem, especialmente quando comparados a outras alternativas da renda fixa.
O mercado também reagiu positivamente aos dados do Caged, que indicaram um fechamento de vagas maior do que o esperado em dezembro, além das falas do presidente Lula, que reforçaram a independência do Banco Central e da Petrobras, além de não descartarem ajustes nas medidas fiscais de 2024. A combinação desses fatores ajudou a impulsionar o mercado, com o Ibovespa em alta e o dólar com leve elevação.