As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) registraram queda nesta segunda-feira, especialmente nos vencimentos mais curtos. Esse movimento reflete a expectativa de que o governo Lula adote novas medidas fiscais ao longo de 2025, como sugerido por membros da equipe econômica. Enquanto as taxas curtas diminuíram, os contratos com prazos mais longos apresentaram leves ganhos, impulsionados pela alta do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA a dez anos, que atingiu seu nível mais alto em 14 meses.
O governo brasileiro segue estudando medidas fiscais para melhorar as contas públicas, com a possibilidade de propostas de corte de despesas e aumento de arrecadação a serem discutidas após a aprovação do Orçamento de 2025. Essa sinalização tem gerado otimismo no mercado, pois muitos acreditam que um ajuste fiscal mais rigoroso ajudaria a alinhar melhor a política fiscal com a monetária, contribuindo para o controle da inflação. Esse cenário também influenciou uma redução nas expectativas de um aumento mais acentuado da Selic na reunião de janeiro do Banco Central.
Por outro lado, o ambiente fiscal continua a gerar incertezas, especialmente em relação ao cumprimento das metas fiscais nos próximos anos. As projeções indicam uma trajetória crescente da dívida pública, o que requer atenção constante. No campo da política monetária, a probabilidade de um aumento de 100 pontos-base na Selic passou a ser vista como mais provável, com o mercado precificando uma alta de 80% nas apostas para o fim de janeiro.