As taxas dos DIs de curto prazo apresentaram leve queda nesta quarta-feira, enquanto as de longo prazo registraram ganhos mais robustos, em um cenário de aversão ao risco no mercado externo. O aumento da preocupação com a dívida dos Estados Unidos e a possibilidade de novas tarifas de importação, mencionadas por Donald Trump, impactaram a percepção global de risco. No Brasil, os contratos de DIs para 2025 e 2026 registraram redução, mas as taxas mais longas, com vencimento em 2031 e 2033, observaram elevações significativas.
O comportamento das taxas curtas no Brasil reflete um ajuste gradual após o forte aumento no final de 2024, com a curva de juros já precificando uma probabilidade crescente de aumento na Selic ainda em janeiro, embora com expectativas divididas entre um ajuste de 100 ou 125 pontos-base. A taxa Selic está atualmente em 12,25% ao ano, e o mercado segue atento ao comportamento da economia e às políticas monetárias esperadas para o futuro próximo.
Enquanto isso, no mercado internacional, o dólar voltou a se fortalecer com a notícia de que o governo dos Estados Unidos está considerando declarar emergência econômica para justificar a imposição de tarifas adicionais, o que, por sua vez, manteve os rendimentos dos Treasuries elevados. A ata mais recente do Federal Reserve também apontou uma possível continuidade da pressão inflacionária nos EUA, o que gerou um suporte adicional para as taxas de juros de longo prazo, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.