A taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, desempenha um papel crucial na economia brasileira, influenciando diretamente as taxas de juros aplicadas por instituições financeiras, como empréstimos, financiamentos e investimentos. Quando o Copom aumenta a Selic, as taxas de juros também sobem, encarecendo o crédito e desestimulando o consumo, o que pode ajudar a controlar a inflação. Por outro lado, a redução da Selic pode estimular a economia ao reduzir os custos financeiros.
A Selic também afeta os rendimentos de investimentos de renda fixa, como títulos públicos e CDBs. Em um cenário de juros mais altos, esses investimentos tendem a se tornar mais atraentes para os investidores, mas uma taxa mais baixa pode incentivá-los a buscar alternativas em renda variável, como ações. As decisões do Copom são baseadas na análise do cenário macroeconômico, levando em consideração fatores como inflação, atividade econômica e as condições do mercado internacional, visando garantir a estabilidade financeira do país.
Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, conforme a última decisão do Copom. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que um aumento adicional da Selic poderia ter efeitos negativos, como o adiamento de investimentos essenciais para o crescimento e a modernização da indústria. A entidade destaca que os juros elevados têm gerado uma desaceleração econômica, evidenciada pela queda no PIB e nos índices de produção industrial, vendas no varejo e serviços. A CNI sugere que a manutenção de juros altos pode agravar essa desaceleração, afetando a geração de emprego e renda no país.