Desde 2019, a Polícia Federal instaurou 5.406 investigações relacionadas a crimes ambientais, sendo que apenas 25% delas resultaram em indiciamentos. A taxa de resolução, no entanto, é alta, chegando a 89,5%. Os casos de desmatamento e queimadas, principalmente na Amazônia, têm gerado preocupação, com muitos incêndios atribuídos a ações humanas. Em 2019, por exemplo, o evento conhecido como Dia do Fogo, que afetou o estado do Pará, não levou a responsabilizações significativas.
No que diz respeito às queimadas, desde 2019 foram abertos 361 inquéritos, dos quais apenas 72 culminaram em indiciamentos. Em 2024, a quantidade de investigações sobre queimadas aumentou para 119, mas as consequências continuam limitadas, com apenas 9 indiciamentos até o momento. A Polícia Federal reconhece que os incêndios florestais representam desafios específicos, principalmente pela dificuldade em reunir provas consistentes.
Em relação ao desmatamento, desde 2019, a Polícia Federal iniciou 5.045 investigações, resultando em 1.313 indiciamentos. A taxa de identificação de autores é de aproximadamente 50%, mas no caso dos incêndios florestais, essa taxa cai para 41%. O governo tem adotado medidas para combater o aumento do desmatamento, que se intensificou a partir de 2019. Para 2024, a expectativa é de que o desmatamento atinja cerca de 6 mil km², refletindo os esforços em reverter essa tendência.