A cidade de São Paulo tem sido cenário de um serviço oferecido pela start-up Tools for Humanity, que escaneia a íris dos cidadãos em troca de criptomoedas. Cerca de 500 mil pessoas participaram do processo, que está sendo realizado em 53 pontos da capital paulista. A empresa, que trabalha com inteligência artificial e desenvolveu o projeto World ID, iniciou as operações em novembro de 2024. No entanto, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou a suspensão dos pagamentos por essa coleta de dados em todo o Brasil, o que gerou um impasse sobre a legalidade e a transparência da iniciativa.
A principal controvérsia envolve a falta de clareza para algumas pessoas que aderiram ao serviço, que afirmam não saber exatamente os motivos do escaneamento. O processo é rápido e exige apenas a aceitação de um termo de privacidade. Em resposta à decisão da ANPD, a Tools for Humanity recorreu da suspensão, solicitando mais tempo para discutir as questões regulatórias e assegurar o cumprimento das exigências legais. Enquanto o recurso está em análise, o serviço continua funcionando, incluindo a distribuição da criptomoeda Worldcoin token.
A empresa afirmou estar colaborando com as autoridades brasileiras, com o objetivo de garantir a conformidade com as leis de proteção de dados e fornecer os esclarecimentos necessários. A Tools for Humanity expressou confiança de que o serviço continuará a ser oferecido aos brasileiros, desde que todas as questões regulatórias sejam resolvidas. O caso destaca os desafios crescentes no uso de tecnologias emergentes e a necessidade de regulamentação mais clara para proteger os cidadãos e seus dados pessoais.