O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do leilão da ponte que conecta o Brasil à Argentina devido a irregularidades identificadas no processo. A medida foi tomada após dúvidas sobre as qualificações técnicas exigidas e inconsistências nos dados de tráfego usados na modelagem econômico-financeira. A Comissão Mista Argentino-Brasileira (Comab) tem um prazo de 15 dias para apresentar esclarecimentos que justifiquem os critérios adotados e a documentação pertinente.
O projeto de concessão, que faz parte de uma iniciativa do governo para transferir a gestão de pontes ao setor privado, busca aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais. A concessão abrange a operação, manutenção e realização de investimentos necessários na ponte sobre o Rio Uruguai. Contudo, a suspensão foi considerada uma medida preventiva para evitar a abertura de propostas antes da resolução das dúvidas levantadas.
O Ministério dos Transportes pretende reverter a suspensão e retomar o leilão em cerca de 30 dias. Este é um dos passos dentro de um plano mais amplo que inclui a concessão de 12 pontes que conectam o Brasil a outros países. O governo aposta na parceria com o setor privado para aprimorar a gestão, promover eficiência e reduzir os custos relacionados às estruturas internacionais.