No final de 2024, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu pagamentos de emendas parlamentares, bloqueando quase R$ 7 bilhões devido à falta de transparência nos critérios de distribuição dos recursos. A decisão afetou emendas indicadas por deputados e senadores para diversos projetos em seus estados, como obras de infraestrutura e compra de equipamentos. Embora a suspensão não tenha questionado as destinações específicas, como pavimentação de ruas e aquisição de veículos, gerou um impasse significativo entre o governo e o Congresso, que busca destravar os recursos para execução dos projetos.
As emendas parlamentares, que fazem parte do Orçamento da União, são destinadas a diferentes áreas, como saúde, educação, segurança e infraestrutura. No entanto, a distribuição dos recursos se mostrou desigual entre os estados, com Minas Gerais recebendo uma quantidade consideravelmente maior em relação a outras regiões, como o Distrito Federal. Além disso, houve críticas à falta de padronização nas propostas de emendas, que variam entre ações detalhadas e outras com informações vagas, como a construção de obras sem especificações claras.
Entre as áreas mais contempladas pelas emendas, destacam-se a infraestrutura turística e o desenvolvimento sustentável, com investimentos voltados para projetos de pavimentação, construção de campos de futebol, e aquisição de drones e veículos para o poder público. As propostas apresentadas para pequenas cidades também chamam a atenção, com alguns municípios recebendo valores expressivos por habitante, como é o caso de Monte Horebe (PB). Em meio à crise de transparência, o governo federal e o Congresso tentam negociar a liberação das verbas bloqueadas, que são essenciais para uma série de iniciativas locais.