A investigação sobre a execução de um delator de facção criminosa no Aeroporto de Guarulhos, em novembro de 2024, levou à prisão de um policial militar suspeito de ser um dos executores. Desde o início das investigações, a polícia tinha indícios de que o crime poderia ter sido cometido por profissionais bem treinados, possivelmente PMs. A utilização de diversas ferramentas de inteligência, como quebra de sigilos telefônicos, reconhecimento facial e análise de câmeras de segurança, foi crucial para identificar o suspeito, que aparece em imagens captadas durante a fuga após o assassinato. A polícia agora compara o material genético do preso com amostras colhidas no local do crime.
Além da prisão do policial acusado de ser o executor, a Corregedoria da Polícia Militar prendeu outros 14 PMs que faziam escolta ilegal para o delator. Esses policiais, embora não envolvidos diretamente no assassinato, aceitavam pagamentos substanciais para fornecer segurança privada ao criminoso. O delator, que havia firmado um acordo de colaboração com o Ministério Público, foi acusado de envolvimento com a lavagem de dinheiro e assassinatos dentro da facção, mas negava as acusações. Sua colaboração levou a revelações sobre corrupção policial.
A investigação também avança em duas linhas principais sobre os mandantes do crime, com a polícia acreditando que membros da facção criminosa estariam por trás da execução. A prisão de uma mulher, supostamente ligada a um dos suspeitos de apontar a vítima para os atiradores, também foi realizada na mesma operação. A polícia continua a apurar as conexões entre os envolvidos e a dinâmica do crime, enquanto os detalhes sobre os mandantes seguem sendo analisados.