O Supremo Tribunal Federal (STF) irá retomar, em 14 de março, o julgamento que decidirá o futuro de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A corte deve avaliar se mantém ou derruba a liminar que reconduziu Ednaldo ao cargo após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que havia anulado sua eleição. O julgamento foi suspenso em outubro devido ao pedido de vistas do ministro Flávio Dino, que pediu mais tempo para entender a complexidade do caso, que envolve ações e decisões legais desde 2017.
Em janeiro de 2024, o ministro Gilmar Mendes havia emitido uma liminar favorável a Ednaldo, argumentando que o STF deveria evitar intervenções nas questões internas das entidades desportivas, exceto em situações de violação constitucional ou em investigações penais e administrativas. Mendes também criticou a disputa entre o TJ-RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que questionou mudanças internas da CBF antes da eleição de Ednaldo. A decisão foi tomada com base em pareceres favoráveis da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU).
Enquanto o STF não decide, a política interna da CBF segue em movimento, com mudanças no estatuto da entidade que agora permitem que presidentes se reelejam por mais dois mandatos consecutivos, alinhando-se às normas de outros órgãos internacionais, como a Conmebol e a Fifa. Para a próxima eleição, que será mais competitiva do que a de 2017, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno já se articula como candidato, buscando apoios, incluindo a escolha de Mauro Silva como um de seus vices.