O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou na última segunda-feira, 6, a premiação de Fernanda Torres no Festival de Cinema de Ouro, onde foi reconhecida como Melhor Atriz por sua atuação no filme *Ainda Estou Aqui*. A produção, dirigida por Walter Salles e baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, retrata a vida da família Paiva durante a ditadura militar no Brasil. Barroso ressaltou a importância da obra, destacando sua capacidade de expor os horrores do regime, como arbitrariedade, tortura e desaparecimento forçado de pessoas.
O ministro também elogiou a atuação de Fernanda Torres, afirmando que o prêmio não só reconhece o talento da atriz, mas também resgata uma triste história da ditadura, que serve como alerta para que eventos semelhantes não se repitam no futuro. Com isso, Barroso sublinhou a relevância do filme como um testemunho artístico e sensível sobre os efeitos de regimes autoritários.
Paralelamente, o contexto das declarações inclui investigações em curso no STF sobre planos golpistas que visavam impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando as conclusões da Polícia Federal sobre os envolvidos, com a expectativa de denúncias formais no início de 2025. O caso deve ser julgado pela Primeira Turma do Supremo, caso haja acusação de crimes militares relacionados aos eventos.