Em dois anos de investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 371 pessoas, sendo que 70 continuam foragidas. O levantamento do Estadão, realizado com dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão, revelou que a maior parte dos réus foi julgada entre fevereiro e abril de 2024, mas muitos ainda não foram localizados. Ao longo de 2024, as autoridades expediram mandados de prisão para outros envolvidos, mas muitos seguem em liberdade até hoje, incluindo casos de prisão preventiva não cumprida.
Entre os condenados, há réus envolvidos em destruições e danos a patrimônios públicos, bem como em ações violentas para tentar depor o governo legítimo e promover uma ruptura democrática. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou alguns dos condenados por crimes como destruição de bens da União, agressões e tentativas de impedir o funcionamento dos Três Poderes. Entre os acusados, estão pessoas que participaram da invasão de prédios públicos em Brasília, com o intuito de fragilizar as instituições democráticas do país.
O caso ainda segue em andamento, com novos mandados de prisão sendo expedidos a cada mês. O STF tem dado andamento ao processo judicial, mas enfrenta desafios para localizar todos os envolvidos. A busca pela prisão dos foragidos continua sendo uma prioridade das autoridades, enquanto o Brasil avalia as consequências jurídicas e políticas dos eventos de 2023.