O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de um oficial do Exército, acusado de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades. O militar, preso desde novembro na operação Contragolpe, faz parte de um grupo de elite do Exército e foi indiciado pela Polícia Federal. A prisão preventiva foi mantida após investigação relacionada a esse plano, que teria como alvo diversas figuras políticas de destaque.
Em sua decisão, Moraes também autorizou a retomada das visitas de familiares ao acusado, após a suspensão das visitas em dezembro, quando um incidente envolvendo a tentativa de levar itens proibidos para o preso foi registrado. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a ocorrência, após a irmã do militar ter tentado introduzir dispositivos eletrônicos escondidos em uma caixa de panetone. Ela afirmou, no entanto, que não sabia da natureza da encomenda.
O acusado defendeu sua inocência e alegou que se tornou alvo de uma armação devido a um celular que herdou ao assumir uma posição no Exército. De acordo com sua versão, o aparelho seria utilizado para missões e guardado em uma gaveta com outros dispositivos do mesmo tipo, não sendo usado no momento dos eventos investigados. Ele reafirmou sua versão à Polícia Federal, destacando que o aparelho foi utilizado apenas em datas posteriores aos supostos acontecimentos.