A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, na sexta-feira (17/1), manter a lei que prevê a interrupção dos serviços do TikTok para mais de 170 milhões de usuários no país, a menos que a plataforma seja vendida até o domingo (19/1). A corte rejeitou o recurso da ByteDance, empresa dona do aplicativo, permitindo a proibição com base em questões de segurança nacional. A decisão argumenta que as preocupações sobre a coleta de dados por uma empresa estrangeira não violam os direitos de liberdade de expressão previstos na Primeira Emenda da Constituição.
Com a sentença, o TikTok pode ser forçado a sair do ar nos Estados Unidos. Isso significaria a impossibilidade de novos downloads e atualizações, o que levaria a plataforma à obsolescência. Apesar de algumas especulações sobre um possível atraso na implementação, a decisão esgotou os recursos legais do aplicativo. Para evitar a proibição definitiva, a ByteDance precisaria buscar uma solução política ou financeira de última hora, como a venda das operações no país para uma empresa americana.
Entre as opções para salvar o TikTok, há a possibilidade de uma venda para um empresário ou companhia dos Estados Unidos. Diversos investidores mostraram interesse, incluindo figuras conhecidas do mercado, como Elon Musk e outros bilionários. Uma alternativa seria uma intervenção política, especialmente com a posse do presidente eleito Donald Trump, que já indicou que pode revisar a situação após assumir o cargo. A administração Biden, por outro lado, já afirmou que não tomará medidas antes da transição de governo. A decisão da Suprema Corte reforça a ideia de que a segurança nacional deve ser prioritária, em detrimento das questões de liberdade de expressão levantadas pela ByteDance.