A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou uma lei que pode resultar no banimento do TikTok no país a partir de domingo (19). A medida, aprovada pelo Congresso em abril, obriga o aplicativo a interromper suas operações nos EUA ou a vender suas atividades para uma empresa americana. A corte rejeitou os argumentos da ByteDance, empresa controladora do TikTok, de que a proibição violaria a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão. O tribunal também considerou que as preocupações do governo dos EUA sobre segurança nacional são legítimas.
Com a decisão, o TikTok será retirado das lojas de aplicativos da Apple e do Google, embora usuários existentes possam continuar acessando o serviço por tempo determinado. Caso tentem acessar o aplicativo, os usuários serão redirecionados para um site explicando a proibição. O governo americano alega que o controle chinês sobre o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional, com a possibilidade de espionagem e coleta de dados de cidadãos dos EUA. As tensões entre os dois países, principalmente no campo econômico e geopolítico, intensificam esse cenário.
O impacto da decisão também se reflete no cenário político interno. O presidente Joe Biden indicou que não tomará uma ação final sobre a proibição até o fim de seu mandato, enquanto o ex-presidente Donald Trump, embora tenha mostrado simpatia pelo TikTok, solicitou que a Corte suspendesse a medida para buscar uma solução negociada. A situação gera debates sobre possíveis alternativas, como a prorrogação do prazo para que o TikTok encontre um comprador nos EUA, o que pode afetar o mercado de tecnologia e redes sociais no país.