No domingo, 12 de janeiro, a Suécia anunciou o envio de três navios de guerra para o Mar Báltico, em uma ação coordenada com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para fortalecer a presença naval na região. A medida visa combater o risco de sabotagem da infraestrutura subaquática, especialmente após incidentes envolvendo o rompimento de cabos submarinos no Báltico. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, destacou que o país não está em guerra, mas também não se encontra em uma situação de paz plena, referindo-se ao contexto de ameaças híbridas na área, como sabotagens e ataques cibernéticos.
A Suécia, que se juntou à Otan em março do ano anterior, após abandonar sua política de neutralidade militar, busca aumentar sua colaboração com a aliança, contribuindo com navios de vigilância, aeronaves de monitoramento e reforços da guarda costeira. A segurança no Báltico é considerada uma prioridade estratégica, após incidentes como o rompimento de cabos essenciais para o comércio e a energia, além de outros episódios envolvendo atividades suspeitas de embarcações na região. O governo também alertou sobre a crescente ameaça de ataques híbridos, que não dependem de forças militares tradicionais, mas de recursos como ciberataques e desinformação.
Além do reforço naval, a Suécia anunciou um importante investimento em sua defesa terrestre. O ministro da Defesa, Pal Jonson, revelou a compra de 44 tanques Leopard 2, com o objetivo de modernizar o arsenal do Exército sueco. Este é o maior investimento militar do país neste século, no valor de 1,9 bilhões de euros, cerca de 12 bilhões de reais. A Suécia segue, assim, intensificando suas capacidades de defesa em resposta a um cenário internacional de crescente tensão e insegurança na região do Báltico.