O Sol, atualmente solitário no centro do nosso Sistema Solar, pode ter tido uma estrela companheira no passado, uma hipótese que está sendo investigada por astrônomos. Embora a maioria das estrelas no universo faça parte de sistemas binários, ou seja, formadas em pares, o Sol poderia ter começado sua jornada de forma similar, com uma estrela gêmea. No entanto, se isso ocorreu, a estrela companheira pode ter se separado ou perdido ao longo dos bilhões de anos, sem deixar vestígios óbvios no céu noturno.
Pesquisas mais recentes sugerem que o processo de formação de estrelas tende a criar pares, como observado em nuvens moleculares, onde as estrelas se formam a partir de densidades de gás e poeira. Estudos indicam que muitas estrelas podem ter sido inicialmente binárias, mas algumas se separam logo após o nascimento. Isso levanta a possibilidade de que o Sol tenha tido uma irmã gêmea que, por algum motivo, desapareceu ou se afastou, sem deixar uma marca facilmente detectável no Sistema Solar.
Embora a teoria de uma estrela gêmea do Sol seja fascinante, sua possível localização permanece um mistério. A ideia de que um planeta distante, como o hipotético Planeta Nove, possa ser uma evidência dessa estrela gêmea continua sendo debatida entre cientistas. Mesmo com avanços no uso de telescópios mais potentes, como o Vera Rubin, que começa suas operações em 2025, encontrar um “irmão perdido” do Sol pode ser uma tarefa difícil. No entanto, a busca por vestígios dessa estrela continua, oferecendo novas perspectivas sobre a formação do nosso Sistema Solar e o impacto de sistemas binários na habitabilidade de planetas ao redor de outras estrelas.